Qual o impacto das Fake News na área da saúde?

Nos últimos tempos as tais Fake News vêm tomando grande destaque. 

Hoje nessa matéria vamos abordar o impacto delas na área da saúde, ainda mais nesse momento de fragilidade mundial.

As Fake News ou tais notícias falsas tomaram maior visibilidade no campo político sendo utilizadas para influenciar a população, principalmente entre os eleitores. Pesquisas mostram que as notícias falsas tiveram grande impacto nas eleições presidenciais especialmente nos Estados Unidos, algo que deixou oportunidade para análise dos efeitos da desinformação em outras áreas, principalmente em plena crise em decorrência do avanço do novo coronavírus.

A desinformação representa um problema sério, já que tem a capacidade de colocar em risco a saúde e a integridade de muitas pessoas. Com a propagação do vírus em uma área global a disseminação de notícias falsas fez com que pessoas acreditassem em boatos sobre métodos de prevenção e supostos medicamentos eficazes contra a doença.

O compartilhamento de conteúdo na internet tem o poder de informar e alertar a população sobre diversos assuntos, entretanto ele pode trazer muita desinformação por meio da disseminação de notícias falsas.

Na área da saúde possuímos um exemplo que ainda é sentido na pele pelos profissionais da área, a queda na procura por vacinas, que favoreceu o aumento de casos de doenças que já haviam deixado de ser um problema. Segundo o Ministério da Saúde as vacinas fizeram casos de tétano, febre amarela e varíola diminuir ao ponto de quase deixar de existir no território brasileiro. Já que com a população vacinada os agentes causadores dessas doenças deixam de circular em muitos ambientes.

Ainda que a vacinação tenha a eficácia comprovada cientificamente ela sofre ataques nas redes sociais que tem feito com que o uso de vacinas seja contestado, temido e deixado de lado. Os movimentos antivacina argumentam que o uso delas pode trazer outros problemas para a saúde, além de não respeitar a individualidade e a liberdade dos pais ou infringir princípios religiosos.

Em 1990 o médico britânico chamado Andrew Wakefield publicou um estudo apontando uma possível relação entre a vacina tríplice viral e o desenvolvimento de autismo. De forma rápida o medo das vacinas aumentou no Reino Unido e se espalhou para o planeta. Mesmo que a publicação tenha sido desmentida por muitos estudos que refutavam a hipótese de Wakefield que fora fraudada para exibir o resultado que ele pretendia.

As Fake News sobre a pandemia circulam como notícias, mensagens, áudios e vídeos, em casos até questionando a existência do vírus, além de informações sensacionalistas que contribuem para uma histeria popular.

A viralização de informações falsas muda e influencia a conscientização coletiva de forma rápida, já que as Fake News se espalham facilmente, especialmente se seu criador as promova e compartilhe de várias contas e em diferentes redes sociais ao mesmo tempo.

Como citamos no início dessa matéria é muito comum a circulação de supostas formas de cura ou até remédios com eficácia contra a covid-19 supostamente comprovada. Mesmo que oficialmente não há ainda um tratamento específico e único para a doença.

 

Como cidadãos devemos ser responsáveis e conscientes das possíveis consequências da divulgação desse tipo de mensagem mesmo que a tarefa seja difícil, sempre verificar as fontes e as informações antes de disseminá-las. Dado o impacto e o risco desse fenômeno redes socias e órgãos públicos estão implementando formas de combater a disseminação de notícias falsas.

Um exemplo dessas medidas foi a do Ministério da Saúde, que está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens, com o respaldo técnico de equipes especializadas. O projeto Saúde Sem Fake News recebe conteúdos suspeitos pelo número de WhatsApp (61) 99289-4640, checando a veracidade das informações.

Redes sociais são os principais canais de divulgação de notícias falsas, com isso algumas como Facebook, Google, LinkedIn, Microsoft, Twitter, Reddit e YouTube, uniram forças na luta contra a desinformação e os golpes que giram em torno da pandemia, alterando as regras de moderação de conteúdo.

Fonte: Blog Welivesecurity, Estadão Saúde Summit, Ministério da Saúde, Blog Secad.

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