O impacto da telemedicina no Brasil e no mundo.

A telemedicina é um método avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. Estes exames são avaliados e entregues por meios digitais. Ela hoje em dia já é utilizada em todo mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a legislação e as normas médicas de cada nação.

Desde seu surgimento, essa área médica tem contribuído para avanços significativos, tornando a saúde acessível a qualquer hora, em qualquer lugar. Seja para exames de rotina ou em situações de urgência, esse é um apoio decisivo, contribuindo para a prevenção, diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças, lesões e outras condições médicas.

Do que se trata telemedicina?

Iniciando pela sua denominação a telemedicina possui origem na palavra tele, trazendo o significado de distância, com isso já esclarecido podemos iniciar afirmando que a telemedicina abrange toda a prática médica realizada à distância, independentemente da plataforma. Tendo seu início em Israel e hoje em dia é fortemente utilizada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.

Desde o seu início em 1950, e com o avanço da tecnologia ela veio tomando grande importância, antes, poucos hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Principalmente com o avanço de como o planeta se comunicava, se tornando mais simples, rápido e fácil a interação entre médicos e pacientes e também em muitos casos, a interação entre os próprios médicos.

 

Seus benefícios.

Um ótimo exemplo é de uma Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) — fruto de parceria entre seis universidades públicas da região — avalia aproximadamente 2 mil eletrocardiogramas por dia, emitindo rapidamente seus resultados.

Dessa forma, pacientes de cidades distantes dos grandes centros urbanos não precisam percorrer longos trajetos para ter seus exames laudados com qualidade e agilidade.

Para os pacientes, essa tecnologia permite que eles tenham acesso à medicina de qualidade e também a profissionais referência, mesmo estando longe dos centros urbanos. Para os sistemas de saúde públicos e privados há uma descentralização da assistência, reduzindo a procura por especialistas e hospitais logo no início do atendimento. Com a telemedicina é possível levar os cuidados dos especialistas a mais localidades e com custos reduzidos.

Destacamos algumas vantagens da telemedicina:

– Amplia o contato entre médicos e pacientes;

– Acesso a especialistas e profissionais de referência;

– Facilita a troca de informações entre os serviços de saúde;

– Diminui o deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos;

– Facilita a realização de exames, que podem ser feitos em clínicas e postos de saúde;

– Melhora a qualidade dos laudos emitidos e agiliza a entrega.

Mas principalmente a telemedicina se apresenta como uma forma de transpor barreiras culturais, socioeconômicas e, principalmente, geográficas, para que os serviços e informações em saúde cheguem a toda população.

A telemedicina no Brasil.

No Brasil, iniciativas usando a telemedicina estão presentes desde a década de 1990, quando empresas como a Telecardio passaram a disponibilizar eletrocardiogramas a distância.

O Instituto do Coração (Incor) foi pioneiro ao oferecer a interpretação desses exames vindos de diversas localidades brasileiras — na época, eram enviados via fax.

A telemedicina no Brasil, principalmente no interior, ajuda a cuidar dos pacientes que sofrem com a falta de médicos. A pesquisa Demografia Médica 2018 realizado pela Faculdade de Medicina da USP, com apoio do CFM e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), revela grande desigualdade na distribuição de médicos pelo Brasil.

Segundo o estudo, o número de médicos no país aumentou 665,8% nas últimas cinco décadas, chegando a 452.801 (2,18 a cada mil habitantes). No mesmo período, a população cresceu 119,7%.

Antes, a população precisava se deslocar até centros de referência para realizar eletroencefalograma e mapeamento cerebral. O laudo demorava cerca de 20 dias para sair e custava entre R$ 250,00 e R$ 350,00, dependendo da clínica e do tipo de convênio.

A telemedicina no Mundo.

Em 1993, foi fundada uma das organizações pioneiras no setor — a American Telemedicine Association (ATA), sediada em Washington, nos Estados Unidos.

Antes disso, a telemedicina já era utilizada na Europa, especialmente em países que apresentam inverno rigoroso, no intuito de possibilitar o acesso a informações e laudos médicos nos dias de neve. Com o aumento da população idosa nas nações europeias, a tecnologia ganhou ainda mais relevância, facilitando serviços de atendimento a distância, inclusive durante emergências.

Principais frentes.

A telemedicina pode ser subdividida em alguns ramos: teleassistência, teleconsulta teleducação e emissão de laudos à distância. Vamos pautá-los:

Tele assistência

O foco da comunicação está no paciente e no seu bem-estar. Por meio dela, o paciente é monitorado em seu próprio domicílio ou em um centro de saúde local por um médico ou qualquer outro profissional de saúde que se comunica com outros profissionais à distância.

Tele consulta

A teleconsulta pode ser feita entre médicos, quando um clínico geral busca assistência de um especialista, como uma segunda opinião no diagnóstico, um medicamento mais indicado ou até mesmo orientações ao vivo sobre a realização de um procedimento. No Brasil, a prática da teleconsulta entre médico e paciente ainda está sendo viabilizada.

Teleducação

A teleducação já é aplicada em diferentes setores, mas no caso da medicina, o foco é capacitar o profissional de saúde que está longe dos grandes centros, buscando atualizá-lo e prepará-lo para diversas situações da prática médica. É uma forma de levar conhecimento para melhorar a realização de exames e dar qualidade ao atendimento dos pacientes.

Emissão de laudos à distância

Este é um dos ramos que mais cresce no Brasil. Por meio dessa tecnologia, o exame pode ser realizado em qualquer lugar e laudado por especialistas conectados à internet. Dessa forma, é possível ter acesso facilitado aos melhores médicos do país.

 

Além disso, a telemedicina pode ser utilizada para:

Consulta e troca de informações entre instituições de saúde;

Informação de resultados de exames laboratoriais e de imagens;

Discussão de casos clínicos, principalmente relacionados a doenças raras;

Cirurgia robótica;

Assistência a pacientes crônicos, gestantes de alto risco e idosos.

Já o termo telessaúde, que também já é bastante usado, amplia o conceito e vai além da medicina. A telessaúde inclui os cuidados prestados por outros profissionais da área, como técnicos em enfermagem, enfermeiros, etc.

Fontes: Portal Pebmed; Portal Telemedicina; MORSCH, Blog Conexa.

 

 

 

 

 

 

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